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22/06/2014

Contos e Crônicas-César Alves

Sobre César Alves: conhece poucos acordes, mas engana em alguns instrumentos e chegou a tocar em algumas bandas, na adolescência e primeira juventude.
Profissionalmente, vive da escrita.
Com a escrita, também costuma fazer experimentos narrativos, ficcionais e não-ficcionais dos poucos acordes que conhece no verbo, fabulando, acontecimentos, lugares, personagens. Tudo por puro deleite pessoal... 
Mas não se engane. Não é nada que mereça o nome de arte, literatura ou coisa parecida.
Pura insônia, imaginação e gosto de inventar e contar histórias:
Por outro lado, como jornalista, dizem que é um bom profissional.
Colaborou com o caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo e as revistas CenárioVeredas (CCBB), Trip e atualmente é colaborador frequente da Revista Brasileiros.


O cara chegou a publicar um livro! O título é; Pergunte a Quem Conhece(Labortexto).
Também é dele o prefácio da última edição de Boca do Lixo, de Hiroito de Moraes Joanides.


O cara anda por ai...


Amores Expressos (II)
por César Alves
O Amor, Segundo o Vão Livre do Masp
César Alves
Ela gostava de Arte. Ele gostava de briga. Conheceram-se numa galeria. Apaixonaram-se na delegacia. Ela fazia parte da curadoria. Ele danificara a obra de um artista. Ele tinha talento. Ela tinha contatos. Ele criava. Ela captava. Se ela fazia a social, ele dava baixarias. O casamento foi uma Abertura de Mostra Coletiva. O divórcio, um happening vanguardista.
Love Kills
César Alves
Ela amava os Beatles. Ele Sid Vicious. Ela queria mudar o mundo. Ele queria destruí-lo. A ele, ela ofereceu uma flor. A ela, ele deu um poema de amor sujo, espetado num alfinete. Ela se apaixonou. Ele já a amava, mas jamais contou. Ela dizia All you need is Love. Ele disfarçava a felicidade, ouvindo hard core. Hoje, ela vive na Europa. Depois que ela partiu, ele se matou. Enforcando-se com uma corda.
Triste Tragédia
César Alves
“Matou-se o infeliz dramaturgo. A atriz, a quem seu amor o Dramaturgo dedicara, ao seu pedido de casamento recusara. Pelo Dramaturgo, a Atriz nutria respeito e admiração, mas a ele não podia ofertar o coração. Tão enamorada que a Atriz estava da personagem que o Dramaturgo, para ela, criara”.
História de Cronópias e Hipsters
César Alves
Ela gosta de Cortázar.
Ele tem todos os que ela realmente leu.
Do site do Citador, ele decorou alguns trechos da obra e decide fazer uso de seu conhecimento para impressioná-la:
“O que gosto do teu Sexo é a Boca...”
Ele não chega a finalizar a citação e ela disse mais alto:
“O que eu gosto da tua Boca é O SILÊNCIO!”


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