Hoje estamos trazendo a resenha do livro "O Artífice" do escritor Tony Ferraz (demorou mas ficou pronta haha). Mas antes vocês conferem uma pequena entrevista que fizemos com o autor. (OBS: não contarei muitos detalhes na resenha, pois o melhor que se tem a fazer sem sombra de dúvidas é ler o livro. Então já podem colocar na listinha de vocês dos livros que vão ler este ano.)
O que te motivou escrever
o livro?
A inspiração aconteceu espontaneamente durante o banho (risos),
tipo Arquimedes na banheira. Foi quando eu tive a ideia básica de um enredo
para um romance policial Mas a motivação veio de treinos de artes marciais, mas
precisamente o Kung Fu, que eu estudava em São Paulo. Meu mestre é um amante da
parte mental e filosófica das artes marciais, e me transmitiu muito sobre zen e
o taoísmo. Eu acreditava que aquele pensamento deveria ser popularizado no
ocidente. Eu tinha vontade de escrever um livro com contos tradicionais do zen.
Quando a ideia do romance policial surgiu, achei complicado escrever dois
livros, ainda mais pra um escritor iniciante. Juntei tudo em um único enredo,
juntamente com divagações filosóficas. Foi um processo experimental, mas que deu
um resultado muito bom. Aquele tipo de mistura que você não sabe bem o que vai
sair, e quando vem o resultado, surpreende.
Baseou-se em algo ou alguém para a criação o enredo?
A base foi primariamente minhas experiências pessoais e filmes
de ficção. Sempre li muito, mas pouquíssima ficção, muito mais livros técnicos.
Então, eu não tinha experiência vasta em ficção quando escrevi O Artífice, por
essa razão, acho, consegui ser criativo e tentar explorar o que eu achava que
um livro deveria ter e ser na época, e não apenas juntar referências e
misturá-las. Tentei criar uma linguagem visual e bem sinestésica, pra isso
pesquisei hipnose e segui o processo de escrita pelos fundamentos da linguagem
hipnótica. Outra coisa que procurei foi fazer um livro simples, que fosse
direto, tal qual minha personalidade, por essa razão acho que ele tem uma
qualidade boa de não “enrolar” o leitor. É curto e objetivo. Foquei muito em
apresentar sempre acontecimentos e problemas existenciais, e não somente
destrinchar palavras que parecessem bonitas ou mais agradáveis, podei a forma
pela substância. Isso tem um custo, que é um distanciamento do leitor do
emocional dos personagens, mas como na linguagem épica do teatro, traz a
vantagem da visão crítica do leitor sobre a obra, onde ele pode fazer paralelos
com sua vida e julgar o certo e o errado sem comprometimento emocional.
Se pudesse viver em um "mundo mágico" de algum livro qual seria?
Eu acho, estranhamente pra muitos, a realidade mais mágica que
qualquer fantasia.
Qual reação você pretende
causar no leitor?
Primeiramente, que eles gostem (risos). Em segundo lugar, o
objetivo oculto do livro, que é transmitir reflexões sobre a dualidade que
existe entre o pensamento do homem e a verdade objetiva. Intelecto contra
fluidez natural. Na sequência vêm apresentar algumas correntes de pensamento
Chinês que não são tão conhecidas pelos ocidentais. Por fim, um suspense
policial que visa prender a atenção do leitor, e impactá-lo, para que ele se
entretenha com a história.
Até que ponto pretende chegar como escritor?
Acho que tudo que fazemos na vida tem que ser com objetivo do
melhor que pudermos. Nesse âmbito, minha expectativa é sempre ter contato com o
maior número de leitores possível, assim como, que eles mantenham uma
identificação em algum aspecto, mental, emocional ou espiritual com minha
obra, podendo engrandecê-los de alguma maneira. Sucesso financeiro e vender
muito, é importante, mas o contato profundo do leitor com a obra, pra mim, é,
não só apenas meu objetivo primário, como a razão de ser de qualquer texto que
eu produzo.
- RECADO FINAL DO ESCRITOR -
Quero somente agradecer a
entrevista, aos leitores, e dizer que vou estar presente na Bienal do Livro de
SP, dia 23 de agosto, para autografar O Artífice.
(Então "vambora" galerinha na bienal?)
SINOPESE: Em dias de tempestade, um assassino que mata através
de armadilhas
extremamente elaboradas vem enganando a polícia londrina numa
série de crimes inusitados. Haryel
Kitten é um detetive inteligente, prático e muito dedicado ao seu trabalho, que
agora tem o desafio de desvendar o que há por trás desse mistério. Mas será que
há forças sobrenaturais agindo? Detalhes dos crimes permanecem obscuros, o
serial killer, apelidado pela mídia de Artífice, faz com que Haryel trilhe um
caminho sem volta. Quanto mais ele se aprofunda na investigação, menos
compreende o que está acontecendo. O detetive fará tudo que estiver ao seu
alcance para montar esse quebra-cabeça. Mesmo que sua própria vida corra
perigo...
RESENHA
A história começa no
cenário da maravilhosa Londres, em uma manhã fria. Um homem que
aparentemente está atrasado(
Paul é o um grande amigo
de Haryel, aquele típico amigo brincalhão (que todo mundo tem, não é mesmo?)
Ambos trabalhavam no departamento
policial. Eles acabam pegando um curioso caso repleto de mistérios, que por
trás do crime havia um assassino que estava mais para um psicopata, que matava
as vítimas de forma que alguém jamais poderia imaginar, ele queria que sua
vítima sofresse (o criminoso pensava em todos os detalhes, e era tudo de fabricação
caseira. A cada assassinato o criminoso pintava um anjo em seus quadros.. curioso não? ... A meta do misterioso assassino era completar sua "obra de arte", ele sempre fazia tudo com muita cautela tentando não deixar nenhuma pista que chegasse até ele. E ele deixava bilhetes totalmente confusos, assim a busca pelo assassino se tornava mais confusa do que nunca.)
Em uma das cenas do crime, havia um objeto que chamou muito a atenção dos dois policiais, era um
misterioso colar que estava no pescoço de um homem (aparentemente vítima do
mesmo psicopata citado a cima), mas após ser feita toda a perícia magicamente o
colar some (não magicamente, misteriosamente mesmo hahaha)...
Após o decorrer da história...
Os dois detetives vão até o mestre budista - Cheung
Chizu ou Mestre
Ch’na (Cha’na É uma das vertentes do budismo chinês, umas filosofia, equivalente
ao Zen no Japão)- que é o único que pode ajudar Haryel, quanto mais ele parece estar perto, mais ele se afasta do caso(confuso, muito confuso)...
O mestre tem como desejo não somente em ajudar Haryel no caso, mas sim em uma espécie de busca interior.
Haryel que sempre teve pleno controle de tudo que estava ao seu redor, acaba ficando sem saber o que fazer com este misterioso caso. Será que o detetive conseguirá chegar a sua meta final? - Tudo que posso dizer é que o rapaz aprenderá muitas coisas em sua busca, e começará a "enxergar" de uma maneira diferente as coisas.
OPINIÃO SOBRE O LIVRO: Eu gostei bastante da história(é simplesmente incrível), ela é
muito bem escrita, o livro chamará sua atenção em diversos momentos ao decorrer
do livro, o escritor consegue criar um uma realidade no livro que nos prende na
leitura do início ao fim. O livro te faz pensar, refletir, que as
vezes damos valor de mais as coisas banais... (E não, não tem nada de outro mundo... É sempre bom avisar haha)
Acabei encontrando uma frase referente ao livro e ao escritor, e achei muito interessante coloca-la aqui, pois os quem já leu, e os futuros leitores também concordaram após finalizada a leitura !
“O Artífice” deve ser lido e apreciado, pois é
uma obra única e escrita por um autor brasileiro de muito talento.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirAinda não conhecia o livro mas amei a capa e pela sua resenha parece ser muito interessante! Vai pra listinha haha
Beijos,
Giovanna
sonhandocomlivros.com
Olá tudo ótimo, obrigada flor...
ExcluirSuper recomendado !!
Beijos